Exposição destaca acervo do Museu Mariano Procópio em JF

 

JUIZ DE FORA [ ABN ] —  A diversidade e a riqueza do maior patrimônio cultural de Juiz de Fora, o Museu Mariano Procópio, são retratadas em 84 imagens fotográficas que integram a exposição Fragmentos da Cultura Juizforana. A mostra vai ser inaugurada nesta quinta-feira, dia 19, às 20h, no Espaço Alternativo do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, em comemoração ao 155º aniversário da cidade.

Através de fotos dos profissionais Márcio Brigatto e Roberto Dornellas que enfocam aspectos arquitetônicos, museológicos e zoopaizagísticos, o público poderá apreciar um panorama dos circuitos histórico, artístico e de história natural do Museu. Entre os trabalhos selecionados para a mostra estão o relógio de bolso em ouro e esmalte de Dom Pedro II; xícara e pires em porcelana da Companhia das Índias que pertenceram a Dom João VI; auto-retrato feito pela Princesa Isabel quando ela tinha 16 anos; fardão da maioridade de D. Pedro II, usado em 1841, quando ele foi considerado apto para governar o Império; macaco prego da Amazônia que habita a ilha do Parque; carta de D. Pedro I à sua amante, a Marquesa de Santos e foto do fundador do Museu Mariano Procópio, Alfredo Ferreira Lage. Também serão exibidas imagens de trabalhos pedagógicos realizados pela instituição para a comunidade. A curadoria é da museóloga Maria Ângela Camargo Cavalcante e de Alice De Martin. A realização é da Prefeitura, através da Diretoria de Política Social e Funalfa.

Marco da cultura local e nacional, com um acervo eclético que reúne aproximadamente 45 mil peças, primeiro museu de Minas, o Mariano Procópio é considerado um dos mais importantes do país, especialmente no que se refere à história da vida colonial brasileira e do período do Império.

A origem do Museu está ligada a Mariano Procópio Ferreira Lage, construtor da primeira estrada macadamizada do país, a União e Indústria, em 1861, que ligou Petrópolis a Juiz de Fora. Nessa época, Mariano construiu para sua residência de verão a Villa Ferreira Lage, a decorou ao estilo francês, com móveis, prataria, louças e objetos de renomados artistas. Hospedou a família de D. Pedro II, políticos, artistas, naturalistas e outras personalidades nacionais e estrangeiras. Seu filho, Alfredo Ferreira Lage, herdou a Villa, ampliou as coleções artísticas e históricas, criou um museu particular e abriu as portas ao público em 1915. Alguns anos depois, devido ao grande volume de peças, Alfredo Ferreira Lage construiu o prédio anexo à Villa, onde foi instalada a Galeria Maria Amália. Em 1922, inaugurou oficialmente o Museu Mariano Procópio. Em 29 de fevereiro de 1936, Alfredo doou o parque, os prédios e o acervo que formam o Museu ao município de Juiz de Fora. O acervo foi tombado pelo Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – SPHAN em 1939. O tombamento municipal do parque, dos edifícios e do acervo ocorreu em 1983. Recentemente, em 28 de março deste ano, o Museu Mariano Procópio foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA. Referência como casa de memória, cultura, turismo e lazer, atrai não só a população juizforana e da região, como também pesquisadores e estudiosos do Brasil e exterior.

A exposição Fragmentos da Cultura Juizforana tem entrada franca e permanece em cartaz até o dia 19 de junho no CCBM, na Avenida Getúlio Vargas 200, Centro, Juiz de Fora. As visitas podem ser feitas terça-feira a sexta-feira, das 9h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h.